Disponibilizamos aqui dois capítulos do livro “Aos nossos amigos” de 2014, do Comitê Invisível transformados em zines. Uma versão brasileira do livro completo foi editada pelo coletivo Edições Baratas e pode ser encontrado aqui.
Encorajamos a leitura e o debate do livro, que analisa o momento do mundo e dos movimentos sociais revolucionários em uma era de insurreições iniciada, principalmente, com os levantes no Oriente Médio e África conhecidos como Primavera Árabe.
Para facilitar esse debate, editamos uma versão exclusiva de dois capítulos do livro publicados separadamente em pequenas brochuras:
Foda-se o Google analisa as revoltas que usaram as mídias sociais como ferramenta e acabaram sendo conhecidas como “revoluções do Facebook”. Tais levantes usaram esses recursos como forma também de denunciar e romper com o isolamento promovido pela sociedade industrial desse início de século. Além disso, explora as relações entre novas tecnologias socias de gestão de dados e populações com as novas formas de poder governamental. Afinal, “uma empresa que mapeia todo o planeta, enviando equipes para fotografar cada rua de cada cidade não pode ter interesses apenas comerciais”.
Não Existem Insurreições Democráticas é o nome adaptado do capítulo do livro publicado originalmente com o nome “Querem nos obrigar a governar: Não vamos cair nessa provocação“. O texto trata da relação entre os levantes da Primavera Árabe, o movimento Occupy na Europa e nas Américas, as insurreições no leste europeu, Brasil e Turquia com a ideia de democracia – seja direta, indireta, parlamentar ou ditatorial: “As eleições não têm nada de particularmente democrático: os reis foram durante muito tempo eleitos e raros são os autocratas que dispensam um pequeno prazer plebiscitário de quando em quando. Eleições são democráticas apenas na medida em que permitem assegurar não uma participação das pessoas no governo, mas uma determinada adesão a este, através da ilusão de o ter escolhido uma parte minúscula do processo.”