Traduções

Bem-vindas às Linhas de Frente: Além da Violência e da Não-violência – Chuang

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Texto lançado em junho de 2020 pelo Coletivo Chuang  que traz uma importante e inovadora análise dos recentes levantes em Hong Kong contra a lei de extradição e seus paralelos e influência sobre as ondas de protesto no Chile e nos Estados Unidos quanto às táticas usadas por manifestantes e a relação entre “violência” e “não-violência”. Traduzimos e lançamos o material porque ele oferece uma abordagem que atualiza o debate sobre como manifestantes encontraram formas de cooperar em diferentes táticas, posições e capacidades para que o maior número e variedade de pessoas pudessem participar dos protestos com maior segurança e enfrentar as leis e a violência policial em uma ampla cooperação.

mencionamos o trabalho do coletivo Chuang, sempre crítico ao capitalismo de estado da China, especialmente em relação à crise que sanitária em que vivemos com seu artigo Contágio Social – Coronavírus, China, Capitalismo Tardio e o ‘Mundo Natural’. Esperamos que esse novo texto contribua para o debate e inspire os próximos momentos de agitação e protestos de rua no Brasil e no mundo.


Rojava Resiste

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Uma revolução começou em Rojava, em 2012, mudando radicalmente a vida de milhões de pessoas no norte da Síria, que iniciaram uma sociedade comum para além do Estado e do Capitalismo. A invasão da Turquia em Rojava mostra que não podemos contar com os Estados Unidos, as Nações Unidas ou qualquer outro governo ou instituição transnacional para manter a paz e muito menos para nos proteger. Precisamos investir tudo na organização popular e na solidariedade internacional. Nenhum político, partido ou militar tem nossos melhores interesses no coração.  Todos os povos, movimentos sociais e todas as pessoas de boa fé devem se mobilizar imediatamente para impor consequências à Turquia por esse ataque odioso e espalhar uma visão de futuro sem tirania ou guerra. Se não o fizermos, as consequências serão horríveis.


Libertando a Vida: A Revolução das Mulheres – Abdullah Öcalan

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Publicação elaborada por International Initiative, reunindo diversos textos escritos por Abdullah Öcalan, para oferecer um resumo de suas posições a respeito de temas específicos.


Mesmo preso por mais de vinte anos, Öcalan segue escrevendo e opinando sobre os movimentos de libertação curdo e dos povos na Síria e todo Oriente Médio. A publicação conta com artigo lançado em agosto de 2020 e faz propostas para um “projeto de nação democrático e feminista” que promova a paz para os povos, etnias e culturas no contexto da recente invação turca comandada por Erdoğan (2019-20).


Porque Não Fazemos Demandas

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Em meio a diversas ofensivas que desmontam os poucos direitos e conquistas históricas das classes oprimidas, é fácil nos perder apenas reagindo a ameaças e perdas concretas. Como não deixar os movimentos radicais e anticapitalistas serem tragados pela constante necessidade de reagir a agenda de nossos inimigos? Como manter nossa própria agenda enquanto tentamos não perder o que foi conquistado ao longo de séculos de luta? Como não esquecer que, para além das demandas e das reformas, precisamos construir uma luta
de longo prazo pelo fim do Estado e do Capitalismo em um nível nada menos que global? Essa é a contribuição de anarquistas para uma crítica construtiva da política de demandas únicas. Se não vamos destruir o Capital uma demanda de cada vez, precisamos ter em mente que nossa luta e nossa agenda somos nós que fazemos.


Não Existe Governo Revolucionário

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Emma Goldman sabia disso. Mikhail Bakunin avisou a todo mundo sobre isso meio século antes da Revolução Russa. Militantes do Partido dos Panteras Negras e do Exército de Libertação Negra Ashanti Alston e Kuwasi Balagoon chegaram à mesma conclusão. Não existe governo revolucionário. Você não pode usar os instrumentos do governo para abolir a opressão.  Desde meados do século XIX, anarquistas afirmam que a chave para a libertação não é tomar o Estado, mas aboli-lo. No entanto, de Paris a São Petersburgo, de Barcelona a Pequim, uma geração revolucionária após a outra teve que aprender esta lição da forma mais difícil. Trocar os políticos dentro e fora das instituições de poder muda pouco. O que importa são os instrumentos de governo – a polícia, os exércitos, os tribunais, o sistema prisional, a burocracia. Seja um rei, um ditador ou um congresso que dirija esses instrumentos, a experiência no final dessa cadeia continua praticamente a mesma.


Lutamos Porque Gostamos

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“Todas nós vamos encontrar sofrimento na vida, independente de quem somos ou onde estamos – essa
é uma certeza nesse mundo. A morte é um adversário
de longe mais implacável que o Estado. Sofreremos,
escolhendo lutar ou não. A questão é qual será o contexto desse sofrimento. Sofreremos perseguindo as coisas que são mais preciosas para nós? Ou vamos sofrer sem nenhum sentido, tentando fugir da dor e da incerteza, como se isso fosse nos proteger? Minhas experiências em uma centena de black blocs me convenceram que geralmente é mais seguro estar na linha de frente.

Me conciliei com o fato de que estamos participando em batalhas que nunca serão definitivamente vencidas. Não é uma questão de simplesmente derrubar um governo ou destruir o Estado como uma ordem social, mas o processo nunca acabado de questionar
a hierarquia e a opressão em todas as formas que elas podem assumir. Esse é um projeto que nunca vai fi car pronto.”


A Contrarrevolução Bolchevique

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A inclinação contrarrevolucionária da União Soviética era previsível. Bakunin previu perfeitamente como uma “ditadura do proletariado” rapidamente se transformaria em mais uma ditadura sobre o proletariado, 50 anos antes dela ocorrer. Nos anos seguintes, muitos outros anticapitalistas chegaram à mesma conclusão.

Olhamos cem anos para trás e recordamos o aniversário do massacre bolchevique contra operários, trabalhadores, camponeses, prostitutas e camaradas anarquistas que, inúmeras vezes, lutaram lado junto ao Exército Vermelho no combate contras as forças do Czar e imperialistas alemães que queriam restaurar a ordem que submetia milhões a desigualdade e a miséria. Hoje, quando muitas pessoas que não viveram o Socialismo de Estado de verdade e propagam uma versão higienizada dos acontecimentos, é essencial entender que os Bolcheviques dispensaram parte de sua repressão mais sangrenta não contra os contrarrevolucionários capitalistas, mas contra trabalhadores, anarquistas e companheiros em greve socialistas. Aqueles que não se lembram do passado estão condenados a repeti-lo. Se acharem difícil de acreditar, por favor, vejam nossas citações, consulte a bibliografia no final e investigue por conta própria.

Viva a Revolução de 1917! Abaixo todos os ditadores, representantes e políticos!


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No mês de julho de 2019, o governo da Turquia anunciou que está pronto para invadir Rojava, território autônomo e autogerido no norte da Síria, para reacender a guerra civil no país. O presidente Erdogan quer massacrar pessoas que derrotaram o grupo jihadista, terrorista e fascista conhecido como Estado Islâmico.

Em dezembro de 2018, após o anúncio surpresa do presidente Donald Trump de que ele está retirando da Síria as tropas dos EUA que ajudaram a barrar os avanços dos jihadistas, anarquistas combatendo em Rojava escreveram esse artigo, explicando o que isso significa para a região e quais são os efeitos em escala global. É preciso entender o que se passa e que coloca em risco a vida de milhões de pessoas que lutam há anos em uma guerra pela liberdade e há séculos pelo direito de existir.

Está chegando o Dia X, o começo de uma invasão turca: tomem as ruas, realizem ações, ocupem, perturbem e bloqueiem! Mostre aos responsáveis nos escritórios do governo e nos locais de trabalho o que você acha da guerra deles! Juntos podemos parar a guerra de agressão da Turquia! Nenhuma guerra contra o norte da Síria!

A revolução no nordeste da Síria sairá vitoriosa, todo fascismo será esmagado!

Mais informações:

riseup4rojava.org

internationalistcommune.com


comoComo iniciar um incêndio: um convite

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Publicação anônima lançada simultaneamente em diversas línguas. Um chamado para a organização imediata e reapropriação da vida em comunidade como uma forma de vida para resistir ao capitalismo moderno.

 

 


Ansiedade no CapitalismoSeis teses sobre Ansiedade no Capitalismo

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O que poderia combater a ansiedade? Teremos nós que brigar com guardas de segurança, companhias de seguros, comunidades religiosas e antidepressivos em seu próprio jogo, fazendo de alguma maneira as pessoas se sentirem salvas em um mundo hostil e perigoso? Tentar aliviar a ansiedade ao invés abolir as condições que a criam certamente seria fracasso. Devemos aceitar o cenário de pior dos casos como uma conclusão precipitada e correr de encontro para ela, transformando nossa ansiedade em uma arma? Se a ansiedade é a guardiã onipresente da ordem atual, ela também pode ser um perfeito ponto de partida para a resistência – mas isto não responde como xs já imobilizadxs por ela poderiam realizar tal alquimia.


[ Baixar PDF] Não Existem Insurreições Democráticas:

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Adaptação do capítulo do livro publicado originalmente com o nome “Querem nos obrigar a governar: Não vamos cair nessa provocação“. O texto trata da relação entre os levantes da Primavera Árabe, o movimento Occupy na Europa e nas Américas, as insurreições no leste europeu, Brasil e Turquia com a ideia de democracia – seja direta, indireta, parlamentar ou ditatorial: “As eleições não têm nada de particularmente democrático: os reis foram durante muito tempo eleitos e raros são os autocratas que dispensam um pequeno prazer plebiscitário de quando em quando. Eleições são democráticas apenas na medida em que permitem assegurar não uma participação das pessoas no governo, mas uma determinada adesão a este, através da ilusão de o ter escolhido uma parte minúscula do processo.

1. Fisionomia das insurreições contemporâneas 2. Não existem insurreições democráticas 3. Democracia não é mais que um governo em estado puro 4. Teoria da destituição.


w.capaGOOGLE-web.cleanedFoda-se o Google

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Fragmento do livro Aos Nossos Amigos do Comitê Invisível que trata da expansão tecnológica e política sobre as formas de governo e controle social. “Uma empresa que mapeia todo o planeta, enviando equipes para fotografar cada rua de cada cidade não pode ter interesses apenas comerciais. Ninguém mapeia um território sem intenções de dominá-lo. ‘Don ́t be evil’”.

1. Não existem “Revoluções de Facebook” mas uma nova “Ciência de Governo”, a Cibernética. 2. Guerra a tudo que for Smart! 3. Miséria cibernética. 4. Técnicas contra tecnologia.


capaTipo Exportação: desmontando as mentiras de José Mujica

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Texto produzido por anarquistas no território dominado pela tirania do Estado Uruguaio. O objetivo é desmistificar a imagem de “representante do povo” ou das classes mais humildes que José Mujica criou em torno de si para chegar e se manter na presidência de 2010 até 2015. Em um momento onde presidentes mulheres, negrxs, de origens indígenas ou trabalhadoras estão a frente dos maiores Estados das Américas, é importante analisarmos essa estratégia de dissociação de classe com a qual profissionais da política se beneficiam de uma identidade minoritária para manter o Capitalismo funcionando em seus países sob a fachada de avanços sociais.